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Comorbidades e Novo Normal

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 A pandemia do Coronavírus alterou nossas rotinas, e não poderia deixar de ser, trouxe algumas novas expressões ao vocabulário, como "Comorbidades" e "Novo Normal". No final de novembro agora, foi noticiado que uma senhora, de 75 anos , sofreu um infarto após passar por constrangimentos pelos funcionários e seguranças de um supermercado, no Jardim Botânico, DF, bem perto de onde moro (sorte minha que nunca pisei lá no tal mercado). A senhora, acompanhada de 2 netos, foi acusada de furtar o chinelo que calçava durante as compras. Fez uma compra de R$ 600. (Imagino que este valor de compra esteja acima do ticket médio da loja, ou seja, mais um motivo para ser bem tratada) Só depois de analisarem os vídeos, constataram que era inocente. A funcionária do mercado se justificou que "uma pessoa, muito parecida com ela, teria furtado chinelos na loja, recentemente". Olha o perigo: qualquer vovó que entrasse lá, sofreria um "baculejo". Para piorar a situa...

Penso. Logo, existo

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 Por quê escrever? Pra quê fazer um blog? Periodicamente me faço estas perguntas. A primeira resposta, mais óbvia, é porque sei escrever. Se não soubesse, seria mais difícil, né? A segunda, já um pouco mais reflexiva, é para registrar momentos "importantes". Para compartilhar, desabafar, nem que seja dificuldades e desafios, foi assim quando fiz o Blog sobre a construção da minha casa.  http://ffrajola-minhacasaecolgica.blogspot.com/ Uma terceira motivação foi marcar a passagem do tempo. Uma espécie de "balanço" ou das experiências que nos fizeram nos tornar quem somos hoje. (Ok, confesso, perceber a idade chegando nos assusta e amedronta). Foi assim que surgiu o Blog que anunciava a chegada dos meus 50 anos.  https://50tinhacontos.blogspot.com/ E então, chego ao momento presente. 2020 não está sendo um ano fácil. Mais recluso, mais introspectivo, e ao mesmo tempo, amedrontador. A finitude da vida nos é revelada cada vez que precisamos sair de casa e na porta, volta...

Agenda neoliberal e profissões antigas

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 Outro dia li o Flávio Gomes dizer que "o jornalismo no qual ele se formou e dedicou toda uma carreira profissional, não existe mais. Como as fábricas de máquinas de escrever ou lojas de revelação de filmes. Simplesmente acabou". Vejo por mim. Antes lia pelo menos 2 jornais por dia, um local e outro nacional. Me lembro que a última vez em que insisti em comprar um exemplar impresso, tinha uma matéria louvando os benefícios da deforma da previdência. Que era necessária, que faria bem ao país, que todos iriam atingir o Nirvana e coisas do gênero. Nenhum espaço de crítica ou argumentação contrária. Pensei cá com os meus botões: "e eu ainda tenho que pagar para ser enganado?". Foi minha última tentativa. (Ok, confesso, já tem alguns anos isso). Mas, talvez, não tenha acabado totalmente. Millôr Fernandes já dizia que o "jornalismo era a segunda profissão mais antiga da face da terra". Se a primeira, mesmo que disfarçadamente,  resiste, quem sabe a segunda també...

Nós, Candangos sobreviventes

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Soube do falecimento de um amigo das antigas. Lá dos anos 80, quando a gente via Cassia Eller tocar no Bom Demais, com cerveja barata e sem pagar ingresso. Dos fins de semana, que todo mundo ia ao Beirute para saber "qual festa" estava rolando na cidade. E íamos todos. Eram ótimas estas festas. Liberadas, era só chegar. Fosse no Lago, no Park Way ou mesmo na casa de um Deputado que morava ali perto. Outros tempos. Era um país que deixava para trás os anos da Ditadura Militar e vivia novos tempos, de comemorações, de alegrias compartilhadas. A melhor definição que vi no facebook sobre o falecido foi que o filme "La Dolce Vita" teria sido inspirado nele. Sim, ele era onipresente em todas as festas, bares ou boates. Conhecia e era conhecido por todo mundo. Era gentil, culto e sofisticado. Disseram. Mas, nem tudo são flores. A mesma amiga que relatou no FB a partida dele, dizia "sentir muito, apesar de que ele estava estranho nos últimos tempos, talvez por causa da...