Agenda neoliberal e profissões antigas
Outro dia li o Flávio Gomes dizer que "o jornalismo no qual ele se formou e dedicou toda uma carreira profissional, não existe mais. Como as fábricas de máquinas de escrever ou lojas de revelação de filmes. Simplesmente acabou". Vejo por mim. Antes lia pelo menos 2 jornais por dia, um local e outro nacional. Me lembro que a última vez em que insisti em comprar um exemplar impresso, tinha uma matéria louvando os benefícios da deforma da previdência. Que era necessária, que faria bem ao país, que todos iriam atingir o Nirvana e coisas do gênero. Nenhum espaço de crítica ou argumentação contrária. Pensei cá com os meus botões: "e eu ainda tenho que pagar para ser enganado?". Foi minha última tentativa. (Ok, confesso, já tem alguns anos isso). Mas, talvez, não tenha acabado totalmente. Millôr Fernandes já dizia que o "jornalismo era a segunda profissão mais antiga da face da terra". Se a primeira, mesmo que disfarçadamente, resiste, quem sabe a segunda també...