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O Mestre do Rosa

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 No post anterior, de 22/12, "Rosa. A imortalidade e a vida", usei alguns trechos do discurso de Guimarães Rosa em sua posse na Academia Brasileira de Letras.  Pois bem. A data da posse foi marcada para o dia em que seu amigo e ex-titular da Cadeira Número 2 da ABL, João Neves da Fontoura completaria 80 anos (se ainda estivesse vivo). O discurso foi todo em homenagem à memória de João Neves da Fontoura. Advogado, Jornalista, Escritor, Diplomata e Político. Mais que um "amigo" e ex-chefe no Itamaraty, Rosa teria em João Neves uma referência em termos morais, espirituais ou esotéricos. Seu Mestre, em resumo.  "Barbacena, o nosso lugar geométrico" dá a entender que a cidade mineira e João Neves marcaram a iniciação de Rosa nos mistérios maçônicos. Como já comentei no post anterior, me chamou a atenção, no discurso na ABL, Rosa citar o livro "Memórias", de João Neves da Fontoura, publicado no mesmo ano da morte do amigo: 1963.   "Direi, escreveu...

Rosa. A imortalidade e a vida.

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" As pessoas não morrem, ficam encantadas ". Esta frase, dita por Guimarães Rosa em seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, há mais de 50 anos, ainda nos faz pensar sobre a vida e a morte.  Então, busco aqui algumas afirmações do próprio Rosa e da filosofia chinesa, sobre a vida e a morte. " Viver é um descuido prosseguido ", escreveu Rosa. (1)  Em "Os Analectos" diz: " Confúcio, ao ser interrogado certa vez sobre a imortalidade da alma, respondeu: Se não compreendo a vida como compreenderei a morte? " (2)  " Os fortes não podem dominar sua morte: considero este o pai dos ensinamentos " (3). Em outra tradução do Tao te King, este trecho do poema 42 é escrito assim: " Nem os fortes nem os violentos morrem em seu leito. Utiliza este pensamento para seguir o caminho ". (4)  Ainda em seu discurso na ABL, Rosa diz: " Mas - o que é um pormenor de ausência. Faz diferença? “Choras os que não devias chorar. O homem...