7 Dicas para não se arrepender de seu voto

 Postei uma sequência de 7 tweets. Reproduzo aqui e faço alguns pequenos acréscimos.

1) Após a crise de 1929, Keynes demonstrou que "a demanda poderia ser incentivada", com políticas "desenvolvimentistas"(1936). Isso foi fundamental na reconstrução da Europa no pós-Guerra. Já os neoliberais seguem a cartilha "monetarista", que limita gastos e sufoca as economias. Sempre que você ouvir a Miriam Leitão ou o Sardenberg falarem que "o mercado acha isso ou aquilo", saiba que eles estão defendendo os interesses dos investidores, dos banqueiros, do mercado de capitais. Em suma, todos "monetaristas".



2) Para Keynes, qdo o mercado não investe na economia, cabe ao Estado investir, gerar empregos e oportunidades. É exatamente o nosso caso. E quem, dos possíveis presidenciáveis abraça melhor este discurso do que Lula?

Qualquer um "defensor do Deus Mercado", só fará aumentar as desigualdades, o desemprego e a estagnação da economia. É isso que você acha que precisamos?

3) Se o eleitor quer mais empregos, mais investimentos públicos em saúde, educação e infra-estrutura, precisa saber que não será votando nos Hucks, Amoedos ou Mandettas da vida que conseguirá ser atendido... estes, defendem o "Estado Mínimo" e privatizações.

A lógica privatista é simples: "Paga quem pode. Quem não pode, fica sem". No caso dos pedágios nas rodovias, por exemplo, pode parecer valer a pena para a classe média. Mas quando isso impacta a saúde da população ou mesmo o fornecimento de água, a "exclusão" pode significar ter negado o "Direito à Vida".

Em última análise, o Estado Mínimo faz parte do discurso daqueles mais ricos que não querem dividir com os mais pobres o seu bem estar. "Me recuso a pagar por isso".

4) Outra boa dica seria não votar em candidatos dos partidos que mais votaram a favor do atual desgoverno: Podemos (92%) e o Patriota (90%); PSL (85%), PSDB (81%), PTB (78%), PSC (78%), MDB (77%), DEM (77%), Cidadania (74%), PL (74%), PSD (74%), Novo (71%) e PP (67%). (Isso é, para quem quer mais saúde e educação públicas, empregos, defesa dos salários, etc)

5) O levantamento dos partidos "mais governistas" que cito anteriormente é do Congresso em Foco. https://congressoemfoco.uol.com.br/legislativo/os-partidos-que-mais-apoiam-o-governo-no-camara/ 

6) A FGV não pode ser considerada uma instituição "de esquerda". Mas, do ponto de vista econômico, ela não deixa dúvidas de que Lula foi o melhor presidente que tivemos nos últimos 30 anos. https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2010/02/11/era-lula-foi-a-melhor-fase-da-economia-brasileira-dos-ultimos-30-anos-diz-fgv.htm

7) Mas, ok. Se preferirem discursos genéricos de "combate a corrupção", "defesa da família, da moral e dos bons costumes", "contra kit-gay" ou a favor do "kit-Covid", taí o Bolsonarismo para mostrar que isso não deu certo...

Conclusão. O discurso de que "políticos e partidos são todos iguais", na prática, apenas desestimula que o cidadão busque se interessar por conhecer mais a política, sabendo como votam seus candidatos, se querem diminuir as desigualdades, ou se acham "natural as desigualdades", se preocupando apenas em manter os privilégios das elites. Mais do que rotulá-los como "esquerda ou direita", creio que saber se são privatistas ou não, se querem acabar com o que é público ou se buscam justiça social e oportunidades para todos, é o mais importante. Qual o seu lado? Quem realmente lhe representa? Sem esta informação básica, o eleitor acabará "votando errado" e só lhe restará lamentar o erro depois.

Mas, convenhamos, quem quer ser enganado, sempre dá um jeito, né? Mas não digam que foi por falta de aviso.

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