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Mostrando postagens de janeiro, 2021

Minha frustrada carreira de piloto

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 Final dos Anos 70, eu morava em Ribeirão Preto. Na época, eu ouvia falar no colégio, que o grande barato eram as corridas de gordinis preparados, que aconteciam nas fazendas da região, em meio às estradas de terra dos canaviais. Meu sonho era pilotar um destes carrinhos (que já não eram fabricados há mais de 10 anos). Não presenciei nenhuma das corridas. Apenas imaginava como seriam divertidas. Coisas de adolescente dos anos 70. Ainda menor de idade e sem pai rico que pudesse bancar tais aventuras. Depois, já nos anos 80, com carteira de motorista e tudo, queria trocar a moto que eu tinha por uma estilo cross para participar da então recém lançada "Copa DT-180" (nisso eu já estava fazendo faculdade no DF). Ao propor ao meu pai vender a minha moto para comprar uma DT e correr, ele foi direto e claro: "se você fizer isso, eu lhe interno em um hospício".  Foi assim que minha carreira de piloto não aconteceu. Até acho que não faria feio.

O Mestre do Rosa

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 No post anterior, de 22/12, "Rosa. A imortalidade e a vida", usei alguns trechos do discurso de Guimarães Rosa em sua posse na Academia Brasileira de Letras.  Pois bem. A data da posse foi marcada para o dia em que seu amigo e ex-titular da Cadeira Número 2 da ABL, João Neves da Fontoura completaria 80 anos (se ainda estivesse vivo). O discurso foi todo em homenagem à memória de João Neves da Fontoura. Advogado, Jornalista, Escritor, Diplomata e Político. Mais que um "amigo" e ex-chefe no Itamaraty, Rosa teria em João Neves uma referência em termos morais, espirituais ou esotéricos. Seu Mestre, em resumo.  "Barbacena, o nosso lugar geométrico" dá a entender que a cidade mineira e João Neves marcaram a iniciação de Rosa nos mistérios maçônicos. Como já comentei no post anterior, me chamou a atenção, no discurso na ABL, Rosa citar o livro "Memórias", de João Neves da Fontoura, publicado no mesmo ano da morte do amigo: 1963.   "Direi, escreveu...